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Arquitetos: Glamuzina Paterson Architects
- Área: 81 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Samuel Hartnett
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa em Blackpool, Waiheke destaca-se como um monolito negro em uma paisagem nativa densamente povoada. O intuito era criar uma casa abrigada na copa das árvores. A solução arquitetônica criou um volume que respondeu verticalmente à topografia e permitiu conexões coreografadas na paisagem.
A entrada para o terreno íngreme é por cima e desce através das densas árvores nativas, ao longo de um caminho sinuoso onde apresenta-se como um pórtico de entrada cortado de forma austera. A parede sul é concebida como uma muralha defensiva, ancorando a edificação ao solo e criando uma estratificação no espaço interno. O visitante é comprimido na entrada, seguindo por uma sensação de expansão oferecida pelo espaço de pé direito duplo logo após.
A torre é uma habitação de um dormitório para um casal, concluída com um orçamento muito modesto. Consiste de quatro níveis de divisão interiores e duas plataformas que permitem variadas conexões com a paisagem, com cozinha e sala de jantar em um nível e o estar 900 milímetros abaixo. O segundo pavimento possui o dormitório e o banheiro, com uma biblioteca no mezanino, no patamar da escada. A área do piso térreo é de 47 m² e a do segundo, com mezanino, 34 m².
A forma escultórica da cobertura, deslocando placas de piso e decks, segue os contornos das curvas de nível. A face noroeste ondulante responde ao enclausuramento da copa das árvores, negociando a conexão entre as condições internas e externas. A sala de jantar é vista através de um deck a leste e volta-se para o volume de pé direito duplo da sala de estar.
Para alcançar uma forma singular e contínua na paisagem, optou-se por um revestimento de metal preto para o exterior e caixilhos de alumínio para as esquadrias. Também utilizou-se pisos em madeira totara reciclada e revestimentos de chapas de pinho para os forros da sala de jantar e faces no pé direito duplo. O revestimento interno da cobertura foi feito com chapas de compensado mais escuro e caibros pretos.
O interior é visto como o corte do volume interno gerando uma série de condições de superfície que articulam o programa da residência. Os volumes acentuam a verticalidade do lote e permitem diferentes condições espaciais, desde íntimas a amplas. A biblioteca sobe através do espaço ao mezanino íntimo, tornando-se uma exposição-vertical da estrutura, que termina na estrutura do telhado. A face norte irregular e ondulada responde às árvores do lote.